sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

U2 - War - 1983


Um marco para o U2, esse disco coloca a banda definitivamente no mapa, amadurecida e pronta para ser o que muitos afirmam "a banda mais importante dos anos 80". Esse terceiro disco quebra novamente com seu antecessor.

Se o Boy era um disco adolescente que falava sobre a passagem da juventude pra vida adulta. O October, que veio em seguida, foi um disco espiritual, quase gospel, quando três dos integrantes da banda (exceto o problemático Adam Clayton), se envolveram numa seita religiosa e quase abandonaram a banda.

O War deixa tudo isso para trás, apesar de carregar letras com temas religiosos, o que na verdade todas as músicas do U2 tem. Porém o foco é outro, o "post-punk" é usado de maneira diferente, com um fim maior. Esse é o segundo marco, politizar esse novo movimento para chamar a atenção dos problemas que o mundo enfrentava na época.

O terceiro marco foi "colocar a Irlanda no mapa", não musicalmente, pois Thin Lizzy já tinha feito isso. Mas colocar os problemas enfrentados, a segregação que o país enfrentava. Enquanto Estados Unidos e África do Sul viviam uma segregação racial, a Irlanda vivia uma segregação religiosa e social, tão conflituosa quanto. É a partir desse disco que a banda começa a trazer essas questões. Seja narrando o trágico "domingo sangrento" ou cantando o hino dos refugiados.

Difícil se focar em apenas algumas músicas quando todas são fortemente de protesto. Porém em "Like A Song", Bono canta "Angry words won't stop the fight", o que nos remete aos tempos atuais onde ele está mais ocupado em se encontrar com autoridades do que em fazer músicas de protesto.

Enfim, é isso. Um disco fundamental para os anos 80.


1. Sunday Bloody Sunday
2. Seconds
3. New Year’s Day
4. Like a Song…
5. Drowning Man
6. The Refugee
7. Two Hearts Beat as One
8. Red Light
9. Surrender
10. 40


B-Sides da edição deluxe:

1. Endless Deep
2. Angels Too Tied To The Ground
3. New Year's Day (Single Edit - Remastered)
4. New Year's Day (USA Remix/Kevorkian Remix - Remastered)
5. New Year's Day (Vocal Extended Mix - Ferry Corsten Remix)
6. New Year's Day (Ferry Costen - Vocal Radio mix)
7. Two Hearts Beat As One (Long Mix By Kevorkian - Remastered)
8. Two Hearts Beat As One (USA Remix by Kevorkian - Remastered)
9. Two Hearts Beat As One (Club Version - Steve Lillywhite Re-mix - Remastered)
10. Treasure (Whatever Happened To Pete The Chop)
11. I Threw A Brick Through A Window/A Day Without Me (Live From Werchter)
12. Fire (Live From Werchter)

Download nos comentários.

Deep Purple - Burn - 1974

Após Gillan abandonar a banda, depois de ter gravado Who do We Think We Are, e arrastar o baixista Glover com ele, o Purple contratou um sujeito chamado Glenn Hughes que assumiu ambos os papéis. Hughes trouxe à banda uma pegada mais funkiada, contrastando com o estilo seco de Blackmore. Mas eis que os roxos profundos tiveram uma idéia: por que nao mais um vocalista? Correram atras e acharam um pivete gordinho chamado Coverdale, cuja voz era bastante interessante, bluesy, arrastada. Tá aí: um vocal bluesy, um baixo funkeado e uma guitarra seca de hard rock, sem contar a bateria insana de Paice e os teclados psicodelicos de Lord. Caralho, metade das vertentes do rock estão nesse album!

O álbum abre com a elétrica Burn, com uma bateria espantosa e um solo de guitarra simplesmente insano. O riff seco é a cara de Blackmore, e o trabalho de dois vocais já mostra o quanto é diferencial nessa fase da banda. Vale lembrar que o jovem coverdale - entupido de remédios para emagrecer - estava tão empolgado ao entrar na banda que escreveu 3 letras pra essa música em uma noite - inclusive a que foi gravada.

A segunda música, já um pouco mais calma, é Might Just Take Your Life. Novamente as duas vozes mostram-se um incremento à vesatilidade da banda, preenchendo mais a música.

Lay Down, Stay Down entra pra lembrar que isso é hard rock, porra! Mais uma elétrica, vibrante.

Sail Away é mais arrastada e melancólica, mas sem exagero em nenhum dos dois aspectos.

You Fool No One é mais uma rápida. O frenetismo (isso existe?) da bateria te empolga, e sua perna fica mexendo incontrolávelmente.

What's Goin' On Here não se destaca muito, mas ainda é uma excelente musica, com uma bela linha de guitarra e o predomínio do vocal mais agudo de Hughes.

Mistreated pode ser definida em "sofrida". É um som denso, arrastado, pesado e profundo. Os vocais de Coverdale vão direto pro seu peito esmagar seu pobre miocárdio. Tem um riff maravilhoso e solos lindos. Também seria facilmente definida com "feeling".

'A' 200 é a esquisitisse do álbum. Uma bateria pesada e um teclado dorgados carregam a musica. Uma instrumental que fecha de forma interessante a obra prima que é este álbum.

Track List:
  1. "Burn" – 6:04
  2. "Might Just Take Your Life" – 4:36
  3. "Lay Down, Stay Down" – 4:15
  4. "Sail Away" (Blackmore, Coverdale) – 5:48
  5. "You Fool No One" – 4:47
  6. "What's Goin' On Here" – 4:55
  7. "Mistreated" (Blackmore, Coverdale) – 7:25
  8. "``A´´ 200" (Blackmore, Lord, Paice) – 3:51
Line Up:

David Coverdale - Vocal
Glenn Hughes - Baixo e Vocal
Ritchie Blackmore - Guitarra
Jon Lord - Teclados
Ian Paice - Bateria

Link pra download nos comentarios ;)

Espero que gostem o/

Rainbow-Rising (1976)

Eis o segundo disco da maravilhosa banda capitaneada por Ritchie Blackmore que, descontente com os resultados comerciais do debut "Ritchie Blackmore's Rainbow" mandou toda a banda pro olho da rua mantendo apenas Ronnie James Dio, nada mais justo para com o baixinho tendo em vista seu talento e a proibição de Blackmore em relação à gravação do show Butterfly Ball.

Mais pesado que seu antecessor, "Rising" abre com a magnífica "Tarot Woman", empolgante e hipnotizante, "Tarot Woman" se manteve no repertório de Dio sendo também primeira música no fabuloso "Holy Diver Live".Falando em Dio, "Rising" marca o primeiro encontro entre Ronnie e Jimmy Bain que viria a integrar a banda do baixinho em seus melhores anos, já a bateria aqui fica por conta de ninguém menos que Cozy Powell, um dos melhores de sua geração que só por Tony Iommi foi convidado 3 ou 4 vezes.Powell se apresenta de forma magistral em "Stargazer", definitivamente a melhor do álbum, pesada e intimista, conta com a Munich Philharmonic Orchestra.O novo tecladista é o até então inexperiente Tony Carey que faz sua estréia nesse álbum e mais tarde é substituído por David Stone mas deixa sua marca com um ótimo solo em "A Light in the Black".Outro destaque vai para "Run with the Wolf" que lembra bastante o Deep Purple, a linha de baixo nessa música nos remete facilmente ao clássico Machine Head.

Consolidado como um dos maiores clássicos do rock, "Rising" é indicado como o auge criativo da parceria entre Dio e Blackmore, um álbum obrigatório dessa maravilhosa banda que mostrou não dever nada ao Purple.

1. "Tarot Woman"
2. "Run with the Wolf"
3. "Starstruck"
4. "Do You Close Your Eyes"
5. "Stargazer"
6. "A Light in the Black"

* Ronnie James Dio – vocals
* Ritchie Blackmore – guitar
* Tony Carey – keyboards
* Jimmy Bain – bass
* Cozy Powell – drums


* Munich Philharmonic Orchestra – Strings, Horn
* Fritz Sonnleitner – Concert Master
* Rainer Pietsch – Conductor



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Led Zeppelin - Led Zepplin IV - 1971


Esse aqui é o quarto álbum do Led Zeppelin, que está em quarto na posição dos álbuns definitivos do Hall da fama do Rock´n´Roll. Também é um dos mais vendidos, chegando a 37 milhões de vendas no mundo inteiro. O nome do álbum não se sabe corretamente, já que os próprios integrantes da banda não se referem a ele uniformemente.

Enfim, falando mais de música, é um álbum único. Cada faixa é bem característica, e esse álbum contém seu maior clássico, "Stairway to heaven", que simplesmente é. A música tem um arranjo de dedilhado chorável, e uma profundidade muito fóda, além de um dos solos de guitarra mais lindos de sempre (na minha mera opinião). O álbum também conta com "Rock´n´Roll", outro clássico, que é definida pelo próprio nome, sendo rock´n´roll puro, empolgante e simples como o rock é, mas com feeling extrapolando tudo, e com a participação de Ian Stewart no teclado. "Black Dog" é marcada pela introdução com o vocal de Plant, e com os riffs característicos de Page. Mas eles não ficam no convencional, e com a companhia de Sandy Denny fazem "The Battle of Evermore", uma música com somente Bandolin o e violão, que com um clima épico sai um pouco da tonalidade do álbum, sendo muito notável. "Four Sticks" e Mystic Mountain Hop" são também músicas únicas, nessa primeira sendo mais notável a bateria, nessa última com uma tonalidade mais hippie, com mais foco nos vocais. "Going to California" é uma canção bonita, encaixando-se perfeitamente na voz de Plant, e com a habilidade do Page em arranjos no violão. "When The Levee Breaks" é diferente das outras músicas, por ter uma bateria bem forte, assim como o baixo mais notável, e com uma tonalidade mais Southern.

Enfim, esse é um album do qual me orgulho de ter original aqui em casa. Cada integrante da banda se destaca nele, cada um com sua genialidade, formando algo foderoso. Jimmy Page com seus seus riffs característicos, seus solos as vezes psicodélicos e que saem da escala, Plant com a força de seus vocais, John Paul Jones com sua maestria em tantos instrumentos e Bonham simplemente com seus arranjos e solos, que não são de qualqeur um.
Enfim, tá ai.



Track-List:

1 - "Black Dog" (Page/Plant/Jones) - 4:57
2 - "Rock and Roll"
(Page/Plant/Jones/Bonham) - 3:40
3
- "The Battle of Evermore" (Page/Plant) - 5:52
4 - "Stairway to Heaven" (Page/Plant) - 8:03
5 - "Misty Mountain Hop" (Page/Plant/Jones) - 4:38
6 - "
Four Sticks" (Page/Plant) - 4:45
7 - "Going to California" (Page/Plant) - 3:31
8 - "When the Levee Breaks"
(Page/Plant/Jones/Bonham/Minnie) - 7:08 Line-up:

Jimmy Page – guitarra acústica, guitarra elétrica, bandolim, produção, remasterização, remasterização digital
Robert Plant – voz, harmônica
John Paul Jones – baixo, sintetizador, teclado, bandolim, gravação
John Bonham – bateria

Membros adicionais


Ian Stewart – piano (em "Rock and Roll", não creditado)
Sandy Denny – voz (na faixa 3)
Peter Grant – produtor executivo


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